12 de novembro de 2011, tarde de sábado. A torcida Manáutico já comemorava o "acesso" quase matemático do Timbuzinho obtido na terça-feira. É verdade que faltava pouco, mas a festa já estava garantida no bar com uma buchada legitimamente pernambucana.
- Saudações alvirrubras, Thomas!
- Ene-A-U-Tê-I-Cê-Ó. A buchada já está no fogão.
- Oba. Vamos ver se essa é da boa.
- Bora ver o jogo agora que o intervalo vai ser bom.
O jogo agora era contra o São Caetano em São Paulo. O timbu com oito pontos de vantagem sobre o quinto colocado jogava com o regulamento de baixo do braço, em busca dos últimos pontinhos para garantir a volta à Série A. O São Caetano jogava pressionado para se distanciar do Z4 e buscava o ataque desesperadamente. Já o Náutico atacava só na boa.
- É agora! Kiesa! Vai!
- Faaaaalta!
- Era o último homem.
- O que é isso? Deu só amarelo para esse Domingos.
- Era para expulsar.
- Pode sair o gol agora nesta falta.
- Bateu para fora.
A iniciativa do jogo continuava com o Sao Caetano, mas os contra-ataques do Náutico eram perigosos. O jogo foi ficando neste ritmo até a segunda metade do primeiro tempo quando Artur foi expulso. Com um a mais, o Náutico passou buscar mais o ataque, mas o São Caetano não se intimidou continuou no ataque. Na melhor chance deles, o bar tirou a bola com o olhos.
- Essa falta é o último lance do primeiro tempo.
- Bora tirar zaga!
- Não!! Gideããão salvou!
- Na trave!
- Eita! Na trave de novo!
Foi um susto, mas o primeiro tempo acabou no 0x0. Com o empate e os resultados da outras partidas, o timbu ainda não se garantia matematicamente, mas ficava ainda mais perto da Série A.
- Intervalo! Bora encher os pratos de buchada galera.
- Vamos lá, Thomas, Júnior, Edmilson, Eduardo....
- Rapaz, esta buchada está muito boa! Eu vou é me acabar em outro prato.
- Essa foi encomendada do Bar Pernambuco, lá do calçadão da Suframa.
- Me passa o telefone de lá, que vou encomendar uma coisas de lá.
Foi um intervalo de encher o bucho. O segundo tempo recomeçou.
- Garçon, mais cerveja!
- Bora, Náutico.
- Agora o São Caetano cansou, só dá Náutico.
- Também! Eles correram muito no primeiro tempo com um a menos.
- Bora Derley, agora!
- Uhu!!!!
- ....
- Toca, Rogério.
- Driblou! Chutaaaa!
- Quase!
- ...
- Chuta Elicarlos!!!
- Looonge.
O segundo tempo foi de um time só. O timbu mandava no jogo e o São Caetano já passava a jogar segurando o empate. O Náutico jogava com muita tranquilidade. Pressionava, mas parecia que faltava mais vontade para ganhar o jogo. Pela classificação, o empate era um bom resultado, mas a vitória poderia vir a qualquer momento. O gol estava para sair, mas ficou no quase.
O jogo acabou. O timbu fez mais um ponto fora de casa. Se os resultados da rodada não classificaram o Náutico matematicamente, agora o time ficava muito mais próximo do acesso: seis pontos a frente do quinto colocado, faltando duas rodadas.
- Júnior, subiu?
- Ainda não. Agora falta um ponto.
- Pensei que o empate já servisse.
- Serviria, mas a combinação dos outros resultados não foi suficiente.
- É questão de tempo. Vamos comemorar.
- Tem mais buchada?
- Sim, claro. Vamos encher o prato, pessoal!
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
ASA e Barueri: as vitórias que nos confirmaram na Série A
Após uma brilhante vitória contra o Sport, por 2x0, todos os torcedores já faziam as contas: faltavam 2 vitórias em 5 jogos para a Série A. Dos 5 jogos, seriam 2 em casa e 3 fora. No sábado, dia 5 de novembro o adversário era o ASA em Arapiraca.
- Triimm.
- Alô.
- Júnior! Aqui é Adley. Já estou no bar!
- Mas já?
- Pensei que o jogo seria as 14h20. Só descobri agora que é as 15h. Já está vindo?
- Não. Estou em casa ainda. Estou fazendo mudança. Mesmo sendo as 15 ou atrasar.
- Ok. Vem logo.
Era jogo decisivo. Um vitória fora, naquele momento seria ótimo. Mas como acompanhar um jogo tão importante sem poder ir pro bar? A mudança de casa, que havia começado pela manhã, se estendera pela tarde? Rádio? Não. Twitter pelo celular.
Pense numa coisa mais agoniante que acompanhar futebol pelo twitter. Muito pior que rádio. A cada tuite novo, um suspense. O jogo rolava aparentemente truncado. Foi quando eu carregava uma TV para o quarto que li: "Gol do Náutico. Kiesa abre o placar." Segurei forte a TV para não deixá-la cair. A vontade era só de comemorar o gol. Em seguida, fui a uma loja que material de construção para comprar parafusos. Quando estava no caixa, os tuites anunciavam o fim do primeiro tempo. Era o placar perfeito.
Cheguei em casa, a mudança terminou. Hora de correr pro bar. No caminho, um olho no trânsito, outro no celular. Os tuites anunciavam forte pressão do ASA.
- "Não pode empatar. Não empatar", pensei.
28 minutos do segundo tempo. Chego ao bar.
- Enneeeee!
- Ei, rapaz, isso é hora!
- Segura timbu.
A pressão continuava, mas o timbu também contra-atacava. Era lá e cá. Em um contra-ataque incrível, grande jogada de Eduardo Ramos, chute forte, cara-a-cara, e três defesas seguidas do goleiro ASA. Não poderia perder um gol desses. Foi então que Timbu decidiu o jogo:
- Bora! É agora.
- Para cima dele.
- É Derley. Toca!
- Chutou!
- É gooooooollll!
- Gooollllll!
- Gol! Gol! Gol!
- Derley é o cara.
- Agora acabou.
Não acabou. 2x0 dava muita tranquilidade, mas o adversário não estava morto. A torcida já comemorava quando o ASA diminuiu as 45 minutos. Apreensão no bar para os minutos de descontos. Tudo sob controle.
- Acabooooouuuu!
- Eneeee-A-U-T-I-C-O!
- Agora é só vencer terça em casa!
- Eu vou estar lá.
- Vai quando, Fernando?
- Viajo hoje e já mandei comprar o ingresso.
- Cara de sorte. Eu nem vou poder vir ao bar: tenho um curso a noite esta semana.
A vitória fora de casa deixou o Náutico numa situação muito tranquila: vice líder, 59 pontos, a 3 pontos da pontuação mágica (62) para a série A e tendo o próximo jogo em casa 3 dias depois.
A terça-feira chegou voando. Neste dia, a torcida invadiu o estádio, em Recife, e o nosso bar, em Manaus. Eu, no entanto, não pude estar lá. Foi entre um assunto e outro da aula que, de novo pelo celular, fiquei acompanhando os detalhes da partida. Quando abri o twitter, lá estava o placar: Náutico 0x1 Barueri.
- Não era possível! Perder a chance de subir logo hoje?
Não foi o aconteceu. O timbu reagiu. Quando voltei a olhar o celular, eram 35 do segundo tempo e o placar já marcava Náutico 2x1. Era justamente o intervalo da aula. Que suspense. E aos 48 minutos, lá estava o tuite: "Acabou nos Aflitos. Náutico já comemora o acesso."
Matematicamente, o Náutico não estava classificado, mas jogadores, torcida e imprensa já cravavam: o Timbu voltou! Todos tínhamos a certeza que com 62 pontos já estávamos na Série A. Agora era só festejar! Náutico na Série A!
- Triimm.
- Alô.
- Júnior! Aqui é Adley. Já estou no bar!
- Mas já?
- Pensei que o jogo seria as 14h20. Só descobri agora que é as 15h. Já está vindo?
- Não. Estou em casa ainda. Estou fazendo mudança. Mesmo sendo as 15 ou atrasar.
- Ok. Vem logo.
Era jogo decisivo. Um vitória fora, naquele momento seria ótimo. Mas como acompanhar um jogo tão importante sem poder ir pro bar? A mudança de casa, que havia começado pela manhã, se estendera pela tarde? Rádio? Não. Twitter pelo celular.
Pense numa coisa mais agoniante que acompanhar futebol pelo twitter. Muito pior que rádio. A cada tuite novo, um suspense. O jogo rolava aparentemente truncado. Foi quando eu carregava uma TV para o quarto que li: "Gol do Náutico. Kiesa abre o placar." Segurei forte a TV para não deixá-la cair. A vontade era só de comemorar o gol. Em seguida, fui a uma loja que material de construção para comprar parafusos. Quando estava no caixa, os tuites anunciavam o fim do primeiro tempo. Era o placar perfeito.
Cheguei em casa, a mudança terminou. Hora de correr pro bar. No caminho, um olho no trânsito, outro no celular. Os tuites anunciavam forte pressão do ASA.
- "Não pode empatar. Não empatar", pensei.
28 minutos do segundo tempo. Chego ao bar.
- Enneeeee!
- Ei, rapaz, isso é hora!
- Segura timbu.
A pressão continuava, mas o timbu também contra-atacava. Era lá e cá. Em um contra-ataque incrível, grande jogada de Eduardo Ramos, chute forte, cara-a-cara, e três defesas seguidas do goleiro ASA. Não poderia perder um gol desses. Foi então que Timbu decidiu o jogo:
- Bora! É agora.
- Para cima dele.
- É Derley. Toca!
- Chutou!
- É gooooooollll!
- Gooollllll!
- Gol! Gol! Gol!
- Derley é o cara.
- Agora acabou.
Não acabou. 2x0 dava muita tranquilidade, mas o adversário não estava morto. A torcida já comemorava quando o ASA diminuiu as 45 minutos. Apreensão no bar para os minutos de descontos. Tudo sob controle.
- Acabooooouuuu!
- Eneeee-A-U-T-I-C-O!
- Agora é só vencer terça em casa!
- Eu vou estar lá.
- Vai quando, Fernando?
- Viajo hoje e já mandei comprar o ingresso.
- Cara de sorte. Eu nem vou poder vir ao bar: tenho um curso a noite esta semana.
A vitória fora de casa deixou o Náutico numa situação muito tranquila: vice líder, 59 pontos, a 3 pontos da pontuação mágica (62) para a série A e tendo o próximo jogo em casa 3 dias depois.
A terça-feira chegou voando. Neste dia, a torcida invadiu o estádio, em Recife, e o nosso bar, em Manaus. Eu, no entanto, não pude estar lá. Foi entre um assunto e outro da aula que, de novo pelo celular, fiquei acompanhando os detalhes da partida. Quando abri o twitter, lá estava o placar: Náutico 0x1 Barueri.
- Não era possível! Perder a chance de subir logo hoje?
Não foi o aconteceu. O timbu reagiu. Quando voltei a olhar o celular, eram 35 do segundo tempo e o placar já marcava Náutico 2x1. Era justamente o intervalo da aula. Que suspense. E aos 48 minutos, lá estava o tuite: "Acabou nos Aflitos. Náutico já comemora o acesso."
Matematicamente, o Náutico não estava classificado, mas jogadores, torcida e imprensa já cravavam: o Timbu voltou! Todos tínhamos a certeza que com 62 pontos já estávamos na Série A. Agora era só festejar! Náutico na Série A!
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