Noite de 12 de julho de 2011, são 18 horas, e o telefone toca:
- Alô!
- Júnior?
- Fala, grande Roberto!
- E o jogo hoje, que horas vai ser?
- É as 20 horas, horário de Manaus. Dá tempo?
- Ôxe! Está ótimo. 19 horas chego lá no Bar. Vou direto do trabalho para lá.
- A gente se vê lá.
- Tchau! Até mais!
- Tchau!
Era noite do timbu enfrentar o Americana, até então, um dos co-líderes da Série B. O Náutico vinha embalado por duas vitórias seguidas. No começo do jogo, o timbu toma a iniciativa e o Americana joga fechadinho saindo sempre que roubava a bola. Náutico tinha dificuldade para criar jogadas e, mesmo com mais posse de bola, era o Americana que criava as chances mais perigosas. E de tanto ameaçar, o gol saio. Numa sobra de bola, aos 15 minutos, atacante do Americana ganhou da zaga, passou pelo último zagueiro e tocou na saída de Gideão: 1 x 0 Americana.
O gol não abalou o time e servio para acordar a estrela da noite. 5 minutos depois, com o Náutico na pressão, Kiesa recebeu na área, dominou já ajeitando e fuzilou o goleiro. Gooooollll! Era o empate timbu. O jogo continuou aberto. Com o Náutico mais animado pelo empate e o Americana tocando bem a bola e sempre perigoso.
Mas ele estava em campo. Aos 35 minutos, lançamento na esquerda para Kiesa. Ele domina, passa como quer pelo zagueiro, ajeita o corpo e desloca o goleiro batendo no canto direito baixo. Virada timbu no caldeirao: 2 x 1. Mas nem deu tempo para comemorar, 2 minutos depois o Americana se aventura no ataque, o atacante tenta invadir a área marcado por Derley. Ele tenta passar e cai, mas só o árbitro vê penalte. Na cobrança perfeita, bola para um lado, goleiro pro outro: 2 x 2. Dois minutos depois, quase a virada do Americana: um chutaço da entrada da área para grande defesa de Gideão. E assim terminou esse ótimo primeiro tempo.
No segundo tempo, o Náutico começou melhor. Partiu para cima e começou a criar boas chances. O Americana já não se defendia tão bem, mas continuava perigoso no contra-ataque. Logo aos 11 minutos um lance capital: bola área alvirrubra, sobra para o atacante que poderia chutar, mas prefere o drible e é derrubado. Penalte claro, mas dessa vez o juíz não deu (para compensar o penalte mal marcado no primeiro tempo). Neste lance, o Americana perdeu um jogador por expulsão após reclamar muito com o árbitro.
Agora o Náutico tinha 35 minutos para jogar com um a mais e vencer a partida. A tônica até o fim do jogo foi essa. Americana todo atrás e o Náutico em cima. Pressão total. As chances iam sendo criadas, e nada da bola entrar. Entra Ricardo Xavier, entra Philip. O tempo vai passando e nada da bola entrar. Mas ele estava lá novamente: o herói da noite. Cruzamento na área e Kiesa, de cabeça, manda para as redes marcando seu terceiro gol na partida. Festa da torcida no estádio.
Aos 45 minutos um grande susto. Numa das poucas avançadas do Americana, numa bola quase perdida, vem um cruzamento para área, nas costas de Everton, na cabeça do atacante que vinha entrando nas costas da zaga. Ele cabeceia no contra-pé do goleiro. Silêncio no estádio e .... a bola vai para fooooora!!!! Era o último lance do jogo e o timbu vence por 3 x 2, a terceira vitória consecutiva.
- Alô!
- É vitóriaaaaa!
- Que susto, hein?
- Ganhamos. Não deu para vir pro bar não?
- Deu não. Eu estava para ir, mas tive que ver em casa.
- Eu vi aqui no Bar do Náutico.
- No próximo jogo eu comparecerei.
- Rumo a Série A!
- Até a próxima!
- Tchau!
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