12 de agosto de 2011. É dia de clássico. É dia de Bar do Náutico lotado. A torcida chega animada pelo bom momento do time e sabendo que o desespero fica só por conta do adversário.
- Olá!
- Oi!
- Como vai?
- Tudo bem?
Todos se cumprimentam e já pedem a geladinha para fazer o aquecimento.
- Hoje é para arrombar.
- Ganhando hoje vai subir de vez na tabela.
- Até um empate, por ser fora, é um bom resultado. Deixa a "coisa" lá em baixo e mantém o Timbu no G4.
- 1 x 0 tá bom demais.
A galera estava animada, mas a bola rola e o otimismo começa a dar lugar à preocupação.
- Pô! Acerta esse passe!
- Eduardo Ramos é um morto. Não tem força nem para cruzar a bola.
- Ai minha zaga!
Logo no começo, o Náutico demonstra que entrou em campo para segurar o empate. Começa recuado e vai cedendo espaços pro adversário ter domínio do jogo. Uma boa estratégia, se o time conseguisse aproveitar os contra-ataques, mas não foi o que aconteceu.
- Aí, meu Deus!
- Tiraaaa!
- Gideãããão! Aqui tem goleiro.
- Olha a sobra!
- Pô, para que fazer uma falta besta na linha da grande área.
- Olha o perigo.
Então o comentarista da TV fala: "Uma falta como esta, se passar por sobre a barreira, não tem goleiro que pegue."
- Que nada! Se passar pela barreira tem Gideão!
- Bateeeeuuu!
- Gideããããããoooo. Isso é que um goleiro!
- Eu falei! Eu falei!
- Toma, Surubim!
E termina o primeiro tempo: 0 x 0. Lucro para o Náutico que segurou o jogo e viu o adversário perdendo gols. Na volta para o segundo tempo, o panorama parece mudar. Náutico começa em cima.
- Boa jogada! Tira a zaga da coisa, por pouco.
- Agoraaa! Chutaaaaa!
- Desviou. É escanteio.
- Agora, outro escanteio.
- Tirou a zaga.
- Olha o contra-ataque.
- Nããão. Vixe essa passou perto. Quase gol deles.
E depois não teve jeito. Durou cinco minutos a pressão timbu, no segundo tempo. O time voltou a recuar e, apesar da zaga jogar bem, tomou um gol espírita: cruzamento rasteiro, ninguém tocou na bola e esta entra direto no canto do goleiro: 1 x 0.
Daí para frente, o time tentou sair pro jogo, mas o banco de reservas não ajudava.
- Vai entrar Alexandro!
- Pela-Mor-Deus!
E não teve jeito. O time, que começou recuado, não teve forças para sair pro jogo. Saiu pro ataque de qualquer forma e acabou tomando o segundo gol aos 36 do segundo tempo. O jogo terminou 2 x 0, sem que o goleiro adversário tivesse qualquer trabalho no segundo tempo. Era o fim, da invencibilidade de Gideão que, desde que entrou na aga de Glédson, não havia perdido uma partida sequer. Ficou a certeza que o time é bom na defesa, mas falta criatividade na frente e banco para mudar um jogo.
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