29/04/2012: fim da linha para o Timbuzinho no campeonato estadual. Final oficialmente, porque, na realidade, o campeonato havia acabado para muitos há uma semana atrás. Tudo começou no domingo passado quando Ricardo (Ladrão) Tavares apitou o fim do primeiro jogo da semi-final:
- Terminou.
- Perdemos em casa por 2x1. Vamos ter que ganhar fora.
- Dá não. Domingo a gente vem de novo pro bar, né?
- Venho nada.
- Também venho não.
- Eu venho.
- Eu me junto a vocês e não venho. Acabou para mim também.
- Eu não acredito na virada, mas venho.
- Eu não vou.
- Pelo jeito vai ter só uns gatos pingados no bar no próximo domingo.
A semana foi passando. A turma foi trocando e-mails e o que se viam eram poucas confirmações. Fracasso certo de público no Bar do Náutico.
Chegou o domingo, o dia do juízo final para o timbuzinho abandonado à própria sorte por sua torcida. Chegam os primeiros torcedores:
- Saudações alvirr... O que? O que estás fazendo aqui, rapaz?
- Eu não vinha, mas não consegui ficar em casa.
E quem disse que a torcida conseguia ficar em casa. E foi chegando mais gente. Quem disse que não iria comaparecer, apareceu. Depois chegou outro e mais outro. Pronto! Bar do Náutico de novo cheio. Essa torcida do Náutico é realmente apaixonada demais. Até quando ninguém mais acredita no time, até quando os torcedores dizem que não querem mais saber, a paixão fala mais alto.
A torcida chegou com 1% de esperança. Depois da segunda cerveja, a esperança já era de 30%. Quando o juíz apitou o início do jogo, o time já era o melhor do mundo.
- Bora, timbu!
- Aperta, aperta.
- Isso, Derley.
- Agoraaaa! Quaaaaase!
Primeiro lance de perigo, com um minuto de jogo. Náutico jogando no campo do adversário que só se defendia, confiando na larga vantagem. Uma chance, duas, três... todas desperdiçadas.
- Está faltando atacante, Velho! Depender de Siloé para fazer gol é pau!
- De que adianta, criar tanta chance e não fazer.
- Uma coisa é certa. Mesmo se não ganhar, o time já parece ser outro com Gallo.
- Para mim, a melhor mudança não foi mérito de Gallo, foi a saída do cachaceiro-sanguessuga do Eduardo Ramos.
- É verdade.
- Agoooorra. O zagueiro caiu. Faaaaaaaz!
- Chuta, po!
- Uhuuuuuu!
- De novo!
- Po... Filha da p...! Acerta esse pé.
O primeiro tempo terminou com domínio territorial do Náutico e algumas chances claras de gol. O adversário o tempo todo retrancado com três zagueiros e três volantes, confiado na ineficiência do ataque alvirrubro. Se por um lado, o time atacava com a maior vontade do mundo, de igual tamanho era a dificuldade para finalizar, tabelar e envolver o adversário.
- Gostei do primeiro tempo.
- Perdemos chance demais. De que adianta?
- O que eu mais gostei do primeiro tempo foi desse sarapatel!
- Hahahahahaha!
- Aí é unamidade!
- Hahahahahaha!
No primeiro tempo foram sete escanteios a favor e nenhum contra. O Náutico chegava ao seu
limite técnico. Esperar mais do que aquilo, era saber que o futebol
sempre podia pregar surpresas. Essa era a esperança. Mas o segundo tempo não foi como o primeiro. O domínio não foi mais o mesmo. E o adversário, coitado, que só não era tão ruim porque o Náutico conseguia ser ainda mais, até saiu para o ataque, marcou a saída de bola e acabou com o jogo do Timbu. Gallo ainda resolveu "colaborar" tirando o único meia de ofício do time. Daí para frente, o jogo passou a ser de chutão para frente. Do goleiro para o zagueiro e, deste, lançamento direto para Dorielton matar de canela.
- Dá não, veio. Com esse toque de bola triste, pode jogar até amanhã que não faz gol.
- Se brincar, vai acabar tomando um de contra-ataque.
- Duvido que a gente faça um gol.
- Agooooorrra.
- Vai.
- Chutaaaa!
- Goooooooooolllllllllll!
- Goooooolllllllllllllllllllllll!
- Gol de Souza!!!!
- É Gooooooooooollllll!
- Anulou!
- Não acredito!
- Táquipariu!
- Olha o replay!
- Gol legítimo! Bando de ladrão!
O tempo passou, o time lutou, mas o gol não saiu. E tinha que ter saído pelo menos dois. Não deu. Fim de jogo.
- A gente já esperava. Eu só vim para poder tomar uma com os amigos.
- O time fez o que podia fazer. Lutou até o fim.
- Mas não dava para jogar mais do que isso. A gente até torceu, mas o time é esse aí. Tem que mudar muita coisa para o Brasileirão. Por mim só fica Gideão e Derley.
- E Souza também.
- E os zagueiros.
- E Elicarlos, não?
- E só. Pode mudar o resto tudinho.
- Só não pode mudar uma coisa: essa nossa torcida.
- Falou e disse.
- Quando começa o Brasileirão mesmo?
- Dia 19, sábado, 8 da noite, horário de Manaus: Figueirense x Náutico.
- Já está mais do que confirmado.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Podia ter sido melhor: 1x2
22 de abril, descobrimento do Brasil e início das semi-finais do Campeonato. Nos últimos quarenta dias, o Náutico havia feito três gols pelo Campeonato Pernambucano. Nos últimos trinta dias o Náutico havia vencido apenas um jogo no campeonato. Neste mesmo campeonato, iniciado em janeiro, o Náutico, time que vai disputar a Série A do Campeonato Brasileiro, não venceu nenhum time que esteja acima da Série D, isto é, nenhuma vitória contra times de Série C ou A. Quatro clássicos foram disputados e nenhum vencido. Se considerar o Salgueiro, este ano, também como clássico, então, foram seis clássicos, quatro derrotas e dois empates.
Diante de tudo isso, dava para sonhar com alguma coisa na semi-final do campeonato? Sendo racional, não! Mas torcedor de verdade pode ser tudo, menos racional. E por isso mesmo nós estavamos lá. Bar do Náutico mais uma vez cheio. Era bonito de ver. Amigos, esposas, filhos, todo mundo no bar reunido para torcer, mesmo que o time não desse tantas esperanças. Mas só a presença da galera já parecia mudar o clima, e, de repente, a desconfiança deu lugar a esperança.
Começou o jogo. O líder da primeira fase jogava atrás e o timbuzinho, jogando em casa, era que buscava o jogo.
- O time aprendeu a jogar bola de uma hora pra outra foi?
- Não é possível que Gallo tenha feito tanta diferença.
Uma chance perdida. Outra. E mais outra.
- Está faltando um cara para botar essa bola para dentro.
- Calma que esse gol vai sair.
- Nãããoooo! Deixou Jael sozinho!
- Sai Gideão! Sai Gideão!
- Gideãããããããoooo!
- Goleiro arretado!
- Jael tocou certinho, no canto e rasteiro e o goleiro voou certo.
- Vamos ganhar essa p...a!
- É só marcar direi,.... Putz!
- Gol da coisa.
- Que merda. Como deixa Marcelinho receber na cara do goleiro?
Era metade do primeiro tempo e a velha máxima do futebol: quem não faz leva. E agora? Tinha que virar o jogo, pois nem o empate interessava. Veio logo em mente a campanha dos últimos jogos. Daria? A história começou a dizer que sim.
- É falta. Tem que cruzar essa bola direito.
- É Souza.
- É goooollll!
- Goooolll!
- Gooolllllll!
Era Ronaldo Alves empatando de cabeça. Tudo igual. Mas não deu tempo nem de comemorar. Um minuto depois.... penalte. E lá ia o artilheiro do campeonato para a cobrança. E agora?
- Manda o gandula esperar a bola lá no Country.
- Essa vai longe. Vai longe!
- AêEêÊêÊê!
- Gideãããããooooo!
- Goleiro da gota serena!
Gideão defendia o penalte com pé. O bar explode novamente. O Náutico escapava. Acabara de empatar e o adversário perdia um penalte. Era ter os nervos no lugar. Chegava o último minuto do primeiro tempo. Bolaça de Ramón para Tiuí e falta na meia-lua. Souza na cobrança!
- É agora. Vou já preparar a musiquinha!
- Vai Souza!
- Goooolllll!
- Não!
- Não?
- Bateu na trave e rolou em cima da linha.
- Goleiro cagado! A bola ainda passou atrás dele.
- Se ele se mexe, a bola batia nele e entrava.
Fim do primeiro tempo. Pausa para mais uma cerveja. Para mais outra cerveja... Está bom, para muitas cervejas mesmo. As crianças brincavam, as esposas conversavam e os pais... os país vocês já sabem. O Náutico jovaga um futebol que não víamos desde o começo do ano. Parecia que era dia.
Começou o segundo tempo da mesma forma como terminou o primeiro. O adversário buscava somente o contra-ataque e timbu em cima. Em um desses contra-ataques, o lance que mudou o jogo. Elicarlos derruba o adversário e mata contra-ataque no meio de campo. O juíz dá a falta e mostra amarelo, o segundo amarelo. Elicarlos expulso.
- Que juíz ladrão! O primeiro amarelo ele deu no lance do primeiro tempo em que foi penalte e ele deu simulação.
- Roubo descarado.
- Agora complicou. Tem 35 minutos de jogo ainda.
Com um a menos, o timbu não parou de atacar e criou duas chances seguidas. Uma delas defendida no susto pelo goleiro. Mas a pressão só durou 10 minutos. Com um menos e correndo muito em busca do ataque, o time começou a cansar e o adversário a ter mais posse de bola. Aos poucos se via o adversário saindo da defesa, tocando a bola e chegando ao ataque. O Náutico, aos 20 minutos, parecia pregado, só dando chutão e afrouxando a marcação.
- Caramba! O time pregou!
- Jogar com um a menos, tendo que vencer é dose.
- Olha para aí que espaço.
- Vai deixar chutar?
- Tira essa bola!
Perto dos trinta minutos, os comentários já era de que o empate estava de bom tamanho.
- Desse jeito vai acabar tomando o gol.
- Tira essa bola!
- Que defesaça de Gideão.
- Cara, tem que voltar a atacar.
- Não dá. O time já está morto.
- Penalte!
- Foi não.
- Penalte claro.
Sem pernas para correr e forças para atacar, o time cometeu mais um penalte. Aí querer que Gideão pegasse de novo era sonhar demais. Mas ele quase pegou. Marcelinho bateu forte, Gideão tocou nela, que bateu caprichosamente na trave e entrou.
Pronto. Era 2x1, no dia em que o time voltou a jogar bola, a expulsão e o mal preparo físico falaram mais alto. Daí para frente, o tempo foi passando e nada de mais aconteceu.
Fim de jogo. Clima de decepção. Sim, o sentimento era de que dava para ter sido melhor. Não esperávamos muito antes, mas, durante a partida, percebeu-se que o time lutou, foi guerreiro e teve muita chance de vencer, principalmente no primeiro tempo..
- E agora? 2x0 na ilha?
- Dá não.
- Não ganhou em casa, vai ganhar lá, e de 2x0?
- Não dá. Perdemos, mas nem por isso vamos ficar em casa.
- É mesmo. Vai ter cerveja aqui domingo?
- Vai.
- Então estaremos aqui. Não somos ratos, somos timbus!
- É isso aÊÊêÊÊêÊÊ!
- Eneee.....
- ...A-U-T-I-C-O!
- N-A-U-T-I-C-O!- N-Á-U-T-I-C-O!
- NÁUTICO! NÁUTICO! NÁUTICO!
Isso que é uma torcida.
Diante de tudo isso, dava para sonhar com alguma coisa na semi-final do campeonato? Sendo racional, não! Mas torcedor de verdade pode ser tudo, menos racional. E por isso mesmo nós estavamos lá. Bar do Náutico mais uma vez cheio. Era bonito de ver. Amigos, esposas, filhos, todo mundo no bar reunido para torcer, mesmo que o time não desse tantas esperanças. Mas só a presença da galera já parecia mudar o clima, e, de repente, a desconfiança deu lugar a esperança.
Começou o jogo. O líder da primeira fase jogava atrás e o timbuzinho, jogando em casa, era que buscava o jogo.
- O time aprendeu a jogar bola de uma hora pra outra foi?
- Não é possível que Gallo tenha feito tanta diferença.
Uma chance perdida. Outra. E mais outra.
- Está faltando um cara para botar essa bola para dentro.
- Calma que esse gol vai sair.
- Nãããoooo! Deixou Jael sozinho!
- Sai Gideão! Sai Gideão!
- Gideãããããããoooo!
- Goleiro arretado!
- Jael tocou certinho, no canto e rasteiro e o goleiro voou certo.
- Vamos ganhar essa p...a!
- É só marcar direi,.... Putz!
- Gol da coisa.
- Que merda. Como deixa Marcelinho receber na cara do goleiro?
Era metade do primeiro tempo e a velha máxima do futebol: quem não faz leva. E agora? Tinha que virar o jogo, pois nem o empate interessava. Veio logo em mente a campanha dos últimos jogos. Daria? A história começou a dizer que sim.
- É falta. Tem que cruzar essa bola direito.
- É Souza.
- É goooollll!
- Goooolll!
- Gooolllllll!
Era Ronaldo Alves empatando de cabeça. Tudo igual. Mas não deu tempo nem de comemorar. Um minuto depois.... penalte. E lá ia o artilheiro do campeonato para a cobrança. E agora?
- Manda o gandula esperar a bola lá no Country.
- Essa vai longe. Vai longe!
- AêEêÊêÊê!
- Gideãããããooooo!
- Goleiro da gota serena!
Gideão defendia o penalte com pé. O bar explode novamente. O Náutico escapava. Acabara de empatar e o adversário perdia um penalte. Era ter os nervos no lugar. Chegava o último minuto do primeiro tempo. Bolaça de Ramón para Tiuí e falta na meia-lua. Souza na cobrança!
- É agora. Vou já preparar a musiquinha!
- Vai Souza!
- Goooolllll!
- Não!
- Não?
- Bateu na trave e rolou em cima da linha.
- Goleiro cagado! A bola ainda passou atrás dele.
- Se ele se mexe, a bola batia nele e entrava.
Fim do primeiro tempo. Pausa para mais uma cerveja. Para mais outra cerveja... Está bom, para muitas cervejas mesmo. As crianças brincavam, as esposas conversavam e os pais... os país vocês já sabem. O Náutico jovaga um futebol que não víamos desde o começo do ano. Parecia que era dia.
Começou o segundo tempo da mesma forma como terminou o primeiro. O adversário buscava somente o contra-ataque e timbu em cima. Em um desses contra-ataques, o lance que mudou o jogo. Elicarlos derruba o adversário e mata contra-ataque no meio de campo. O juíz dá a falta e mostra amarelo, o segundo amarelo. Elicarlos expulso.
- Que juíz ladrão! O primeiro amarelo ele deu no lance do primeiro tempo em que foi penalte e ele deu simulação.
- Roubo descarado.
- Agora complicou. Tem 35 minutos de jogo ainda.
Com um a menos, o timbu não parou de atacar e criou duas chances seguidas. Uma delas defendida no susto pelo goleiro. Mas a pressão só durou 10 minutos. Com um menos e correndo muito em busca do ataque, o time começou a cansar e o adversário a ter mais posse de bola. Aos poucos se via o adversário saindo da defesa, tocando a bola e chegando ao ataque. O Náutico, aos 20 minutos, parecia pregado, só dando chutão e afrouxando a marcação.
- Caramba! O time pregou!
- Jogar com um a menos, tendo que vencer é dose.
- Olha para aí que espaço.
- Vai deixar chutar?
- Tira essa bola!
Perto dos trinta minutos, os comentários já era de que o empate estava de bom tamanho.
- Desse jeito vai acabar tomando o gol.
- Tira essa bola!
- Que defesaça de Gideão.
- Cara, tem que voltar a atacar.
- Não dá. O time já está morto.
- Penalte!
- Foi não.
- Penalte claro.
Sem pernas para correr e forças para atacar, o time cometeu mais um penalte. Aí querer que Gideão pegasse de novo era sonhar demais. Mas ele quase pegou. Marcelinho bateu forte, Gideão tocou nela, que bateu caprichosamente na trave e entrou.
Pronto. Era 2x1, no dia em que o time voltou a jogar bola, a expulsão e o mal preparo físico falaram mais alto. Daí para frente, o tempo foi passando e nada de mais aconteceu.
Fim de jogo. Clima de decepção. Sim, o sentimento era de que dava para ter sido melhor. Não esperávamos muito antes, mas, durante a partida, percebeu-se que o time lutou, foi guerreiro e teve muita chance de vencer, principalmente no primeiro tempo..
- E agora? 2x0 na ilha?
- Dá não.
- Não ganhou em casa, vai ganhar lá, e de 2x0?
- Não dá. Perdemos, mas nem por isso vamos ficar em casa.
- É mesmo. Vai ter cerveja aqui domingo?
- Vai.
- Então estaremos aqui. Não somos ratos, somos timbus!
- É isso aÊÊêÊÊêÊÊ!
- Eneee.....
- ...A-U-T-I-C-O!
- N-A-U-T-I-C-O!- N-Á-U-T-I-C-O!
- NÁUTICO! NÁUTICO! NÁUTICO!
Isso que é uma torcida.
domingo, 8 de abril de 2012
Aniversário do Timbu e Bar do Náutico de casa nova
07/04/2012, através da parceria entre a Confraria Manáutico e o Recanto Baiano, o Bar do Náutico agora mudava oficialmente de endereço. A partir desta data, o cantinho mais baiano de Manaus (Bar Recanto Baiano), passou a ser também o recanto de todos os alvirrubros. A inauguração foi planejada há dois meses, não por coincidência, para o dia de aniversário do Náutico. Nada melhor que fazer uma festa para comemorar a inauguração do novo bar, exatamente no dia do aniversário do clube, assistindo a mais um jogo do timbu.
A fase do time não empolgava, mas a torcida compareceu em peso para a festa de inauguração. No cardápio, arrumadinho de charque, acarajé, cerveja gelada do tipo "canela de pedreiro" e bolo vermelho e branco com as velinhas de 111 anos. O adversário, o Serra Talhada. Um time do sertão que iria ao Recife, em condições normais, apenas para ser coadjuvante na festa. Iria...
- Esse é jogo para voltar a vencer.
- É para vencer bem e começar uma nova fase em busca do título.
Antes do jogo, os comentários da torcida já denunciavam a má fase técnica e tática do time, ao mesmo tempo que demonstravam a confiança no reencontro com as vitórias. Ninguém se importava "tanto" com a derrota no evento de pré-inauguração (1x0 para o Santa Cruz), realizado no domingo anterior. Afinal, o dia era de festa.
E o jogo começou bem. Logo de cara, duas boas chances.
- Olha o gol. Olha o gol de Siloé!
- Para foooora!
- Acerta esse pé!
- Agora, é para fazer!
- Perdeu!
- Quem chutou?
- Eduardo Ramos.
Foram sete minutos de pressão e bom futebol. E só!
Aos oito minutos, gol do Serra Talhada. Stanley, de cabeça, completando a tabelinha de cabeça dentro da pequena área. Depois disso, o que se viu foi um futebol bizarro. Um time perdido, sem criatividade, errando passes de meio metro. Até o fim do primeiro tempo, as boas chances de gol foram todas (pásmem!) do Serra Talhada.
- É rapaz! É com esse time que vamos jogar a Série A?
- Exatamente. E falta só um mês e meio para a estréia.
- Mas o que é isso?
- Gol do Serra Talhada!
- Não acredito! Gol contra de Gideão!
- Não é possível.
E fim do primeiro tempo. No estádio, ecoavam as vaias, e, em Manaus, a torcida já nem acreditava no que via. Ainda esperávamos a virada no segundo tempo, mas, bastaram oito primeiros minutos do segundo tempo para que galera começasse a ficar mais preocupada com o arrumadinho de charque do que com o jogo em si. Todo lance era uma piada
- Boa bola, vai Léo!
- Kakakaka, a bola saiu pela lateral!
- Waldemar vai mudar, vai entrar Phillip!
- Hahahahahaha! Agora é que a gante ganha!
- Esse time do Serra Talhada é ruim demais. Está ganhando só de dois.
E quando nnguém mais esperava...
- Penalte!
- Foi não. Foi na bola.
- Pára com isso. O juiz marcou.
- Para mim foi na bola.
- Não. Foi no pé dele. Penalte claro.
- E agora? O cobrador oficial é Souza, que não está em campo.
- Eduardo Ramos ou Siloé que vai bater?
- Eita. É Marlon. Meu Deus do Céu!
- Goooooollllll!
- É isso aí!
- É goooolll. Vai começar a virada. Tem 15 minutos ainda.
Era o primeiro gol do Náutico depois de quatro jogos sem marcar. Talvez, por isso, era sábado de aleluia. Havia tempo para virada, mas a tão esperada pressão foi inócua. Nenhuma grande defesa do goleiro adversário até que o juíz apitou o fim de jogo. 2x1.
- Estamos mal.
- Hoje foi teu fim Waldemar.
- Depois de hoje tem que cair mesmo. Tem jeito não.
Não foi a festa que torcida queria. Então, por isso, não faltavam motivos para afogar as mágoas. Televisão desligada para esquecer o jogo e outra cerveja gelada na mesa... depois outra... depois outra e mais outras.
- Júnior, bota um frevo aí!
- É pra já!
- Só a nata do frevo!
- Mais um arrumadinho de charque aqui na mesa.
- Ei, vamos cortar o bolo, pessoal!
- Oba, vamos sim! Mas sem parabéns, por favor!
![]() |
Bolo vermelho e branco em alusão aos 111 anos |
- Esse é jogo para voltar a vencer.
- É para vencer bem e começar uma nova fase em busca do título.
Antes do jogo, os comentários da torcida já denunciavam a má fase técnica e tática do time, ao mesmo tempo que demonstravam a confiança no reencontro com as vitórias. Ninguém se importava "tanto" com a derrota no evento de pré-inauguração (1x0 para o Santa Cruz), realizado no domingo anterior. Afinal, o dia era de festa.
![]() |
Pré-inauguração do novo Bar do Náutico, no domingo, 1º de abril |
- Olha o gol. Olha o gol de Siloé!
- Para foooora!
- Acerta esse pé!
- Agora, é para fazer!
- Perdeu!
- Quem chutou?
- Eduardo Ramos.
Foram sete minutos de pressão e bom futebol. E só!
Aos oito minutos, gol do Serra Talhada. Stanley, de cabeça, completando a tabelinha de cabeça dentro da pequena área. Depois disso, o que se viu foi um futebol bizarro. Um time perdido, sem criatividade, errando passes de meio metro. Até o fim do primeiro tempo, as boas chances de gol foram todas (pásmem!) do Serra Talhada.
- É rapaz! É com esse time que vamos jogar a Série A?
- Exatamente. E falta só um mês e meio para a estréia.
- Mas o que é isso?
- Gol do Serra Talhada!
- Não acredito! Gol contra de Gideão!
- Não é possível.
E fim do primeiro tempo. No estádio, ecoavam as vaias, e, em Manaus, a torcida já nem acreditava no que via. Ainda esperávamos a virada no segundo tempo, mas, bastaram oito primeiros minutos do segundo tempo para que galera começasse a ficar mais preocupada com o arrumadinho de charque do que com o jogo em si. Todo lance era uma piada
- Boa bola, vai Léo!
- Kakakaka, a bola saiu pela lateral!
- Waldemar vai mudar, vai entrar Phillip!
- Hahahahahaha! Agora é que a gante ganha!
- Esse time do Serra Talhada é ruim demais. Está ganhando só de dois.
E quando nnguém mais esperava...
- Penalte!
- Foi não. Foi na bola.
- Pára com isso. O juiz marcou.
- Para mim foi na bola.
- Não. Foi no pé dele. Penalte claro.
- E agora? O cobrador oficial é Souza, que não está em campo.
- Eduardo Ramos ou Siloé que vai bater?
- Eita. É Marlon. Meu Deus do Céu!
- Goooooollllll!
- É isso aí!
- É goooolll. Vai começar a virada. Tem 15 minutos ainda.
Era o primeiro gol do Náutico depois de quatro jogos sem marcar. Talvez, por isso, era sábado de aleluia. Havia tempo para virada, mas a tão esperada pressão foi inócua. Nenhuma grande defesa do goleiro adversário até que o juíz apitou o fim de jogo. 2x1.
- Estamos mal.
- Hoje foi teu fim Waldemar.
- Depois de hoje tem que cair mesmo. Tem jeito não.
Não foi a festa que torcida queria. Então, por isso, não faltavam motivos para afogar as mágoas. Televisão desligada para esquecer o jogo e outra cerveja gelada na mesa... depois outra... depois outra e mais outras.
- Júnior, bota um frevo aí!
- É pra já!
- Só a nata do frevo!
- Mais um arrumadinho de charque aqui na mesa.
- Ei, vamos cortar o bolo, pessoal!
- Oba, vamos sim! Mas sem parabéns, por favor!
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