domingo, 8 de abril de 2012

Aniversário do Timbu e Bar do Náutico de casa nova

07/04/2012, através da parceria entre a Confraria Manáutico e o Recanto Baiano, o Bar do Náutico agora mudava oficialmente de endereço. A partir desta data, o cantinho mais baiano de Manaus (Bar Recanto Baiano), passou a ser também o recanto de todos os alvirrubros. A inauguração foi planejada há dois meses, não por coincidência, para o dia de aniversário do Náutico. Nada melhor que fazer uma festa para comemorar a inauguração do novo bar, exatamente no dia do aniversário do clube, assistindo a mais um jogo do timbu.

Bolo vermelho e branco em alusão aos 111 anos
A fase do time não empolgava, mas a torcida compareceu em peso para a festa de inauguração. No cardápio, arrumadinho de charque, acarajé, cerveja gelada do tipo "canela de pedreiro" e bolo vermelho e branco com as velinhas de 111 anos. O adversário, o Serra Talhada. Um time do sertão que iria ao Recife, em condições normais, apenas para ser coadjuvante na festa. Iria...

- Esse é jogo para voltar a vencer.
- É para vencer bem e começar uma nova fase em busca do título.

Antes do jogo, os comentários da torcida já denunciavam a má fase técnica e tática do time, ao mesmo tempo que demonstravam a confiança no reencontro com as vitórias. Ninguém se importava "tanto" com a derrota no evento de pré-inauguração (1x0 para o Santa Cruz), realizado no domingo anterior. Afinal, o dia era de festa.

Pré-inauguração do novo Bar do Náutico, no domingo, 1º de abril
 E o jogo começou bem. Logo de cara, duas boas chances.

- Olha o gol. Olha o gol de Siloé!
- Para foooora!
- Acerta esse pé!
- Agora, é para fazer!
- Perdeu!
- Quem chutou?
- Eduardo Ramos.

Foram sete minutos de pressão e bom futebol. E só!

Aos oito minutos, gol do Serra Talhada. Stanley, de cabeça, completando a tabelinha de cabeça dentro da pequena área. Depois disso, o que se viu foi um futebol bizarro. Um time perdido, sem criatividade, errando passes de meio metro. Até o fim do primeiro tempo, as boas chances de gol foram todas (pásmem!) do Serra Talhada.

- É rapaz! É com esse time que vamos jogar a Série A?
- Exatamente. E falta só um mês e meio para a estréia.
- Mas o que é isso?
- Gol do Serra Talhada!
- Não acredito! Gol contra de Gideão!
- Não é possível.

E fim do primeiro tempo. No estádio, ecoavam as vaias, e, em Manaus, a torcida já nem acreditava no que via. Ainda esperávamos a virada no segundo tempo, mas, bastaram oito primeiros minutos do segundo tempo para que galera começasse a ficar mais preocupada com o arrumadinho de charque do que com o jogo em si. Todo lance era uma piada

- Boa bola, vai Léo!
- Kakakaka, a bola saiu pela lateral!
- Waldemar vai mudar, vai entrar Phillip!
- Hahahahahaha! Agora é que a gante ganha!
- Esse time do Serra Talhada é ruim demais. Está ganhando só de dois.

E quando nnguém mais esperava...

- Penalte!
- Foi não. Foi na bola.
- Pára com isso. O juiz marcou.
- Para mim foi na bola.
- Não. Foi no pé dele. Penalte claro.
- E agora? O cobrador oficial é Souza, que não está em campo.
- Eduardo Ramos ou Siloé que vai bater?
- Eita. É Marlon. Meu Deus do Céu!
- Goooooollllll!
- É isso aí!
- É goooolll. Vai começar a virada. Tem 15 minutos ainda.

Era o primeiro gol do Náutico depois de quatro jogos sem marcar. Talvez, por isso, era sábado de aleluia. Havia tempo para virada, mas a tão esperada pressão foi inócua. Nenhuma grande defesa do goleiro adversário até que o juíz apitou o fim de jogo. 2x1.

- Estamos mal.
- Hoje foi teu fim Waldemar.
- Depois de hoje tem que cair mesmo. Tem jeito não.

Não foi a festa que torcida queria. Então, por isso, não faltavam motivos para afogar as mágoas. Televisão desligada para esquecer o jogo e outra cerveja gelada na mesa...  depois outra... depois outra e mais outras.

- Júnior, bota um frevo aí!
- É pra já!
- Só a nata do frevo!
- Mais um arrumadinho de charque aqui na mesa.
- Ei, vamos cortar o bolo, pessoal!
- Oba, vamos sim! Mas sem parabéns, por favor!

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