Sábado, 25 de junho. O jogo agora era contra o ABC, único invicto da Série B, e na casa deles. Um empate já era tido como bom resultado. Vencer então seria excelente. E pensar que, há alguns anos, o Náutico vencer o times de Natal era obrigação. Mas os tempos mudaram.
O sol em Manaus deu um trégua e a tarde estava bem agradável. A torcida foi chegando no bar, na esperança de ver uma nova vitória:
- Boa tarde, saudações alvirrubras.
- N-A-U-T-I-C-O!
- Olha só quem está aqui: Gerônimo. Apareceu de novo no bar.
- Consegui trazê-lo a força!
- KKKKKKKKK!
- E tem estréia hoje, ó: Fernando, do blog Vermelho de Luta.
- Então, se o Náutico perder o "pé-frio" é ele.
Começa o jogo.
- Eu esperava mais do ABC.
- O jogo está equilibrado, só falta mais competência do ataque do Náutico.
- E! Pode ser agora!
- Chuta! Chuta! Ah, Eduardo! Demorou muito!
Eduardo Ramos acabara de receber boa bola e chutou travado pela zaga.
- Garçon! Bota aquele tira-gosto de calabresa e file!
ABC começa a pressionar, mas sem muitos perigos, exceto nas bobeiras da zaga.
- Olha que buraco! Vai deixar chutar?
- Nããããoo!
- Rapaz, essa passou perto.
- O cara recebe, pára, ajeita e ninguém chega.
- O Náutico está jogando bem, mas o jogo está muito brigado no meio. Vai se decidir nos detalhes.
E foi o que aconteceu.
- Errou Eduardo Ramos, deu contra-ataque.
- IMPEDIDO!
- Não, está valendo.
- Marca, caramba! Gol do ABC.
- Não estava impedido não, o primeiro passe?
- Vamos ver o Replay.
- Taí, para mim posição legal. Por muito pouco.
- Olha o empate!!
- Agoraaaaa! Não, Derley!
Era mais uma boa chance de gol, com o chute travado pela zaga.
- Falta!
- Deixa Eduardo Ramos bater.
- Airton bola.
- Não, tira Airton daí! Tira ele daí!
- Olha para aí. Que bosta! Ele sabe lá bater falta!
E assim foi até o fim do primeiro tmpo. A tônica era o ABC buscando o ataque e encontrando a zaga do Náutico bem postada, buscando os contra-ataques. Postura que só mudou após o gol. Com o resultado adverso, o Náutico saiu mais para o jogo e o ABC passou contra-atacar com perigo.
No segundo tempo, o Náutico voltou com Ricardo Xavier, que volta de contusão, no lugar de Phillip. Ricardo, mesmo estando sem jogar há dois meses, ainda permanece com artilheiro do time no ano.
- Bora, timbu!
- Voltou bem melhor neste segundo tempo!
- Agora. Faz! Faz!
- Uhhhh!
- Pô, Kiesa! Chuta com força!
- Mas foi no canto. O goleiro deles salvou.
- Olha outra chance!
- É Ricardo. Pro GOOO.... Não!
- Foi puxado, mas seguiu no lance e a bola passou perto.
- Pior que se fosse Meneghel, ele cairia ao invés de chutar.
- Poderia até ser penalte.
O tempo ia passando, o gol de empate não saía e o Náutico se abrindo mais na defesa. Waldemar resolve arriscar tirando Airton e colocando Elton. A mudança pouca diferença ofensiva resultou, porém possibilitou alguns contra-ataques ao adversário que não foi competente o suficiente para aproveitar. No melhor deles, um dos atacantes furou quase na pequena área, após cruzamento da esquerda.
Aos 34 minutos, o ABC perde um jogador por expulsão. Justamente o artilheiro do time: Elionar Bombinha. Pressão total! Entra Heffner no lugar do fraco Neno. A essa altura, o ABC todo recuado e ameçando nos contra-ataques. O Náutico com posse de bola no ataque, mas já não consegue criar boas jogadas, se abre todo na defesa e vai se salvando na defesa. Aos 43 minutos, para matar um desses contra-ataques, Everton apela e é expulso. Agora é tudo ou nada.
Chegamos ao 45 minutos. Falta na intermediária. Todo mundo para área.
- Vamos bater essa falta direito!
- É a última chance!
- GOOOLLLL! GOOOLLL!
- GOOOLLL!
- Anulou!
- Não é possível!
- Três impedidos.
- Justamente, Elton, que fez o gol, era o mais adiantado.
E acaba o jogo. Timbu volta a perder após cinco jogos de invencibilidade. Não dá para dizer que a derrota foi injusta, mas o time até que buscou o jogo e poderia ter obtido pelo menos o empate. Com o resultado, o G4 ficou mais distante, já são 5 pontos. Temos que voltar a vencer e a vitória tem que aparecer logo nesta terça contra o lanterna Duque de Caxias. Nós, como sempre, estaremos no bar apoiando.
- Garçon, a saidera!
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