Acordei cedo. Saí para pedalar. Voltei! O filho já havia acordado e tomado seu café. Na pia, uma pilha de pratos.
Bebi água. Tomei um bom banho. Fui no meu quarto-escritório, onde fica uma estante em que mantenho uma coleção de canecas, copos e quadros. Abri as cortinas e a janela para iluminar e arejar o ambiente. Mas, na pia da cozinha, havia uma pilha de pratos.
Ventava bastante neste dia. Ao abrir a janela, o vento entrou "valendo" no ambiente do escritório. Mas, na pia da cozinha, uma pilha de pratos.
Fui então resolver este problema. Partiu cozinha, lavar a louça! Uhuu! Bucha na mão, detergente na bucha, água e sabão nos pratos. Esfrega daqui, enxagua de lá. Da cozinha, conseguia ouvir o barulho do vento que entrava pela janela do escritório. Vento forte mesmo, típico do mês de agosto no litoral do Nordeste.
De repente, o barulho: "Tum! Crash! Toin!"
O barulho veio do escritório. Alguma coisa caiu no chão. Nossa! Deve ter sido o vento forte derrubando minha coleção que enfeitava a estante. Chegando ao escritório, estava lá, no chão, o relógio que havia caído da estante. O vento acabara de derrubá-lo. Caído no chão, percebi que o relógio estava parado. Não marcava as horas corretamente. Certamente porque, quem deveria cuidar dele com carinho (e trocar sua pilha), não havia sido cuidadoso com sua grandiosidade.
O ponteiro das horas, parado, apontava para a terceira divisão, ou melhor, para a terceira hora. Seria um aviso? Caiu, parou no tempo, mas não quebrou! Seria uma motivo de esperança?
Mas este problema tinha solução. Havia tempo de resolver. Troquei a pilha e voltou a funcionar. Seu destino não seria para sempre apontando para o três. Foi apenas um susto. Coisa de quem fica na zona do rebaixamento, sem esperanças, e dela sai.
Olhei para a estante e vi que o vento também havia derrubado mais coisas. Eita! Era um quadro de vidro, que caiu do pedestal e ficou bem na ponta da prateleira da estante. Esse, sim, por ser de vidro, se caísse não teria jeito. Seria o fim. Mas ele não caiu. Bambeou, perigou e ficou bem ameaçado. Caiu do pedestal, mas não caiu no chão. Por um milagre, sobreviveu (ainda).
Ufa! Que sorte! Meus mimos não tiveram seu fim. Por muito pouco, sobreviveram. Só não sei até quando resistirão aos ventos.
Que os bons ventos e uma grande dose de sorte nos ajudem nos próximos dois meses de ventania e que o Náutico não caia, como o quadro de vidro. E, se tiver que cair, que caia, mas não quebre, como meu relógio, e volte melhor, com a pilha renovada!
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