domingo, 12 de junho de 2011

Empate que não se explica

É a quarta rodada. Alvirrubros mais uma vez invadem o bar. Desta vez, não tinha nenhuma pelada passando nas outras TVs. O bar todo era nosso.

- Vamos sentando.
- Chefe, a primeira cerveja do d.... Goooooolll!

Dessa vez não tivemos nem tempo de aquecer. Com um minuto de jogo, o Náutico já fazia 1 x 0. Com três minutos, boa chance perdida. Com quatro, invade área e erra o passe.

- Nossa! Em cinco minutos, o time já jogou mais que em todo o campeonato.
- É. Hoje vai. Hoje é o dia!

E as chances foram sendo perdidas. O Bragantino mostrava porque estava na vice-lanterna. Fraquíssimo! Porém, o Náutico não conseguia transformar em gols tanta facilidade em campo. O Bragantino, quando saia pro jogo, só ameaça jogando bola para área porque nossa defesa continuava dando susto. O time estava jogando fácil, mas faltou competência para 3 ou 4 gols no primeiro tempo.

Começa o segundo tempo. Náutico volta pressionando. 15 minutos de pressão até que Derley arranca, passa por dois e deixa Kiesa livre. Gooooollll. É o segundo do Náutico.

- Finalmente, né? O Náutico perdendo gols direto. A coisa já podia ficar perigosa.
- Agora com dois a zero, ficamos mais tranquilos.

E as chances se suscendem. Na melhor delas, Eduardo Ramos invade área, o goleiro dá rebote e a bola sobra para Kiesa, na frente do gol, só ele, um zagueiro e a bola. E ele chuta no zagueiro. Não vou transcrever os palavrões que foram ouvidos no bar, nesta hora.

Em seguida, o Bragantino se abre. O técnico coloca atacantes e vai pro desespero, mas nada de ameaçar. Num lance despretencioso, cruzamento para área, o zagueiro Ronaldo Alves corta a bola deixando nos pés de Juninho Quixadá, de frente para gol.

- Naãão! Tiráááááá!

É o gol do Bragantino.

- Lá vai o Náutico complicar um jogo fácil desse.

Bragantino pega moral. Vai com tudo para cima e sempre deixando a zaga aberta. Pegamos vários contra-ataques, sem marcação e várias chances de gols incríveis sendo perdidas que não lembro nem quantos foram. Derley chutando cruzado, com a bola passando a um palmo do gol. Rogério limpa jogada, chuta de fora da área, a bola bate na trave, nas costas do goleiro e sai por cima do gol. Depois desse lance pensei que aquilo era um mau sinal. Como se estivesse escrito que nao deveríamos ganhar esse jogo.

Nos minutos finais, o Náutico faz o certo. Mantém a posse de bola no ataque, sem sofrer pressão alguma do Bragantino. Aí, chegamos aos 45 minutos. O Bragantino vai ao ataque, toca a bola e passa para Leonardo, na frente da meia-lua. Ele recebe e gira. Ninguém marca, todo mundo olhando e ele acerta o ângulo.

- PQP!

Era o empate. O jogo "mais ganho" do ano, contra um adversário fraquíssimo. E não ganhamos. Um resultado para desanimar qualquer torcedor.

Um comentário:

  1. Meu camarada, ainda não pude comparecer ao já famoso bar do Náutico... os caras lá em Recife já me ligam perguntando se eu vi o jogo no Bar do Náutico de Manaus... mas estou me organizando para isso. No primeiro fim do semestre devo trocar o horário das aulas que eu tenho sábado à tarde, e nas terças e sextas, o último período da faculdade vai me perdoar, com certeza...
    Quanto à esse último resultado nem esquente. Time ruim nunca foi nosso problema. Só precisamos de um treinador melhor.
    Um grande abraço, e até breve.

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