domingo, 23 de outubro de 2011

Mistão do timbu cai em Salvador

Sábado, 22 de outubro de 2011. Era comecinho da tarde, pois, sem horário de verão, o jogo do Náutico contra o Vitória começaria as 14h20 de Manaus. O jogo era dificílimo: contra o Vitória, na Bahia, e com 4 desfalques sérios. Na verdade, 3,5 desfalques porque a lateral esquerda é nula no timbu.

- Fala, Thomas.
- Olá.
- Cedinho hoje, hein?
- Olha o garçon com a camisa do Náutico, aí!
- Agora ele vai vestir essa camisa até o fim do campeonato.
- Phillip está escalado. Waldemar tirou Rogério.
- Vai o mesmo esquema do jogo em Americana: cinco no meio, então.
- Ele vai botar Phillip de lateral esquerdo.
- E Jeff? Não vai no lugar de Airton não?
- Jeff ainda está machucado.
- Começou!
- Bora timbu. Segura isso aí!
- Oi, pessoal.
- Chegaram Fernando e André.
- Como está aí.
- É a maior retranca do Brasil. Agora que vocês chegaram vamos ver se o Náutico passa do meio de campo.
- Olha aí! Passooouu!
- Lá vem contra-ataque. Falta para eles.
- Marca esse grandão. Marca esse grandão.
- Na trave! É hoje, hein?
- Vai ser muita pressão.

Apesar de um início de pressão do adversário, dificuldade em tocar a bola e até bola na trave, o timbu foi se encaixando em campo. Bem plantado na defesa e segurando a bola, o timbu cozinhava bem a partida. Até que um lance mudou todo o jogo.

- Não deixa cruzar!
- Bola alta, para fora.
- Deu penalte?!
- Penalte? Onde?
- Se jogou não houve nada.
- Juíz ladrão!
- Glédson vai pegar.
- Penalte mal marcado não entra.
- Vai, Glédson!
- Gol.

Silêncio no bar. O árbitro "inventou" um penalte quando o timbu melhorava em campo e destruiu o esquema defensivo do timbu. Agora tinha que mudar tudo e partir para cima. O time continuou com quatro volantes, mas foi à frente, e teve até boas chances para empatar. O Vitória recuou e passou buscar os contra-ataques. Faltava só o timbu caprichar mais nos passes e nas conclusões. O time estava bem, mas precisava ser mais agressivo.

No segundo tempo, Waldemar mudou o esquema. Rogério entrou de Nilson. Um atacante no lugar de um volante.

- Um minuto! Vai, Rogério! Mostra a que veio!
- Isso! Chuta! Chuta!
- Assim nããããoooo!
- O cara joga bem, mas não aprende a chutar.
- Agora, de novo Rogério!
- Agora vai! Olha o gol!
- Pra fooorra!
- 3 minutos. Duas chances já!

Rogério realmente entrou bem. Sua entrada mudou a forma de jogar e não demorou para o resultado prático chegar:

- Boa, Éverton. Cruza logo!
- Cruzou! Vaaaai!
- Gooooollllllllllll!!!!!!
- É gooooollllllllllll!!!!!!
- É Rogério, de cabeça!
- Ele é ruim para chutar, mas sabe cabecear!!

O gol saiu cedo, com seis minutos de pressão, o Náutico chegava ao empate. Naquele momento, um resultado precioso por todas as circunstâncias da partida e da rodada. A questão agora seria: continuar no ataque ou segurar o resultado? Na dúvida, o timbu não fez nem um, nem outro. O time ficou aberto e acabou tomando gols por afrouxar a marcação.

O segundo gol, surgiu as 15. Cruzamento da esquerda e apenas um atacante do Vitória na área, porém marcado a distância por Phillip, lateral esquerdo. Onde estavam nossos zagueiros? Não se sabe. O que vimos foi que Phillip marcou à distância e deixou Marquinhos receber, limpar bonito e fazer um golaço.

- Que bobeira. Não poderia ter tomado este gol.
- Bora, Kiesa! É falta!
- Quem bate?
- Eduardo Ramos.
- Então não tem nem perigo.
- Só lembro do gol de falta dele contra o Santa Cruz. Foi daí mesmo.
- Bora, Eduardo.
- Bosta! Na barreira!
- Lá vem contra-ataque. Tudo aberto.
- Olha as costas, Peter!
- Pra Marquinhos. Não deixa chutar.
- Putz! Gol do Vitória.
- E que golaço! Gledson adiantado como sempre.
- Agora já era.

Naquele momento, eram 20 minutos do segundo tempo. O timbu fez o mais difícil, que era conseguir o empate, e não soube segurar. Daí para frente, o jogo ficou fácil para o Vitória, que passou a tocar mais a bola. A força ofensiva do Náutico já não era mais a mesma do início do segundo tempo.

- Eduardo Ramos cansou. Só toca de lado e fica andando.
- Não tem ninguém para entrar no lugar dele, não?
- Não. Já foram 3 substituições.
- Agora é rezar pro Sport não fazer um gol, que ainda tá 0x0 lá.
- Pois é. Aqui o jogo está resolvido.

Pelo andar da carroagem, estava resolvido mesmo, mas no final dois lances levantaram a torcida alvirrubra no bar:

- Agora! Kiesa!
- Goooollllllll!
- Goooolllllllll! Foi Rogério de novo!
- São 42 do segundo tempo. Ainda dá tempo!
- 43 minutos.
- 44 minutos.
- 4 de acréscimo.
- 45 minutos.
- Expulso! Vitória com um a menos.
- 46 minutos.
- Pô! 47 minutos e o cara expulso ainda não saiu de campo.
- Vai gastar todo tempo em campo.
- Eita! Gol do Goiás!!!!
- Sério! Estou vendo aqui na Twitter.
- Hahahahahaha!
- Toma, coisa!
- Pintou a bolinha na TV. Vai anunciar.
- Gol do Goiás!!!!!!!! Hahahahahaha!
- Se ferrou a coisa!
- Dentro a Ilha. Resultado espetacular para a gente!
- 49 minutos. Acabou!
- Mesmo com a derrota aqui. Temos que comemorar. Essa derrota da coisa tirou três pontos certos deles.
- Rapaz, se ganhar sábado o clássico, a gente elimina eles.
- Sensacional!

E os alvirrubros tinham razão mesmo em comemorar. Mesmo com a derrota, a rodada foi excelente para o Náutico. Derrotas do Boa, do Sport e do Americana, todos jogando em casa, deixaram a tabela de classificação sem mudança. Melhor que isso: o Náutico foi o único a jogar fora de casa. Agora todos terão 3 jogos em casa e 3 fora até o final.

E no próximo sábado, hein? Náutico x Sport nos Aflitos. Confronto direto contra o porteiro do G-4. O bar vai ficar pequeno!

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