Em 08 de outubro de 2011, o Náutico voltava a sua casa para apagar a má impressão dos últimos jogos. O adversário era o Icasa, que entrara na zona de rebaixamento com os resultados do dia anterior. Time que quer subir não pode dar sopa, ainda mais contra um adversário nesta situação.
"Venha minha cachorra ....Vivo para beber e bebo para viver... Meu pai paga minha faculdade, não quero estudar só nasci para vadiar..."
- Fala, Júnior.
- Que é isso aí, Adley?
- Rapaz, está tendo uma festa hoje aqui no bar. Tá um forrozão da muléstia.
- Vixe. Bem na hora do jogo.
- Bora arrumar uma mesa no cantinho para gente então. Vai começar jogo.
- Foda vai ser o barulho desse forró no ouvido.
- Vai começar.
- Começou.
- Goooollllll!
- Goooollllll!
- Kiesa, já! Não deu nem tempo de pisca!
- 22 segundos de jogo. Já começou bem.
- Olha o pessoal chegando ali: Fernando e André estacionando.
- Olá.
- Olha aí, Jerônimo e Edmilson também.
- Eita! Já está 1 x 0?
- Já! Vocês atrasaram 1 minuto já perderam o gol.
- De quem?
- Kiesa.
- Vão se arrumando por aí que hoje o bar está apertado.
- Oi, pessoal!
- Olha aí. Thomas estreando no bar. Achou fácil chegar aqui?
- Confundi o local e parei do outro lado da rua. Eita, já 1 x 0. Quem fez o gol?
- Kiesa, sempre ele.
- A festa acabou. Massa!
- Chefe ajeita aqui o som. Tira o forró e deixa só no som do jogo!
- Isso! Agora sim.
- Eita, quase gol do Icasa. Gideão defendeu.
- Bora, Eduardo, cruza!
- Penalte!
- É PENALTEEEE!
- Vamos subir, porra!
- Vai, Kiesa! Vai, Kiesa! Vai, Kiesa! Gooolll!
- Gooooolooolllll!
- Gooollllllllllll!
- Gooooolllllllll!
- Gooooooooollll!
- Ene-a-ú-tê-i-cê-ó!
- Ene-a-ú-tê-i-cê-ó!
- Ene-a-ú-tê-i-cê-ó!
- NÁUTICO! NÁUTICO! NÁUTICO!
- 2 x 0 no primeiro tempo. Tá bom demais.
- Nããão! Gol.
- Gol do Icasa!
- Juiz ladrão! Tava impedido.
- Tava não. Olha o replay aí. Pô, mas foi falta clara!
- De qualquer jeito, o gol foi irregular.
Fim do primeiro tempo. Timbu na frente com 2 x 1 no placar. Era a vitória que precisávamos. A galera, no bar (veja foto abaixo), continua animada, aguardando o segundo tempo:
Era só manter a pegada e não recuar. Era....de novo era... mas não foi!
- Olha que perigo! O time tá todo atrás.
- Jogar recuado, em casa, contra esse time?
- Vamos Eduardo. Aprende a cruzar!
- Bora, Derley. Uhuuuu!
- Se ele cruza, ao invés de chutar...
- E lá vem Icasa de novo. Falta!
- Quase na lateral, pra que isso?
- Tudo que eles querem. Lá vem bola na área.
- Nãããoo!
- Nossa Senhora. Quase!
- O gol está ficando maduro.
- Lá vem de novo. Gideããããoo!
- Foi Gideão não. Foi na trave.
- O praí!
- Vai entrar Lenon. Acho que vai tirar Rogério.
- Vai nada. Vai tirar Neno. Quer ver?
- Isso mesmo. Sai logo, nojento.
- 15 minutos para o fim.
O tempo ia passando devagar e aquilo, que estava se desenhando, estava cada vez mais nítido. Aos 35 minutos do segundo tempo, não teve jeito:
- Naãõoo.
- Gol, Não acredito!
- Leva gol de um time safado desse. Dentro de casa.
- Agora ferrou.
- E vai entrar Alexandro.
- Já era. Desse jeito sobe não.
10 minutos se passaram, mais os acréscimos, e nada de ameaçar o adversário. O time já estava com postura defensiva e não tinha mais jeito de ir para cima. O Icasa, ao contrário, continuou atacando, buscando a vitória. Empate, para a gente, com sabor de derrota.
- E agora, quando será o próximo?
- Terça-feira, contra o Americana, FORA!
- Vixe. Jogando esse futebol aí, sai do G4 na próxima rodada.
- Sai não. Mesmo que perca, o Boa teria que vencer a Portuguesa em São Paulo.
- Mas mesmo assim. Com esse futebol não sobe não.
- Perdemos muitos pontos agora para times fracos. Vai tirar ponto de quem?
- Só resta torcer mesmo, porque está difícil acreditar agora.
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